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Um dos assuntos mais comentados pelos fãs de Harry Potter nos últimos dias foi o filme “Voldemort: A Origem do Herdeiro”. O longa foi feito por fãs e pode ser visto gratuitamente no Youtube. A Warner autorizou a produção, que não tem fins lucrativos, e foi lançada no dia 13 de janeiro.

Você já viu o filme? Bem, vamos falar aqui sobre a produção e sugiro que não leia o texto se não quiser spoilers da trama.

Por se tratar de uma produção com orçamento modesto, o longa teve que ser criativo, então um dos pontos de ancoragem da história é o interrogatório da herdeira da Grifinória, Grisha McLaggen – sim, teremos alguns descendentes dos fundadores das Casas, mas pelo que se sabe até então existentes apenas nesse filme – por um auror. Essa parte da trama se passa em território da extinta União Soviética, para onde Grisha vai, à procura do Diário de Tom Riddle.

Na trama, narrada supostamente por essa moça por meio de flashbacks, vemos um jovem Tom – vivido por Stefano Rossi, muito bem no papel -  trilhando um obscuro caminho que levaria à sua ascensão ao poder e transformação em Lord Voldemort. Inteligente, bonito e ambicioso, Tom é admirado pelos demais alunos e professores na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, mas não consegue enganar exatamente a todos, já que, mesmo tendo todos esses atributos, o jovem demonstra uma frieza e um desprezo aos trouxas – não nascidos-bruxos –  algo que mesmo em sua adolescência já era bem preocupante.

Na escola – sim, veremos uma tomada externa do exuberante castelo, corujas e um vislumbre da Sala Precisa! - , vemos que, embora se achasse superior entre os demais estudantes, Tom se reunia com os três descendentes das outras Casas: além de Grisha, há Lazarus Smith, da Lufa-Lufa, e Wiglaf Sigurdsson, da Corvinal  - esse último, porém, não simpatizava muito com o futuro Lord das Trevas, não. E mesmo interagindo com o trio, o herdeiro da Sonserina sempre se mostrava mais contido, mais disperso do grupo.

Depois que saiu da escola, o rapaz vai trabalhar na Borgin & Burkes, em busca de relíquias que, mais tarde, transformaria em horcruxes, onde colocaria pedaços de sua alma no intuito de ser imortal. Assim não poupa a vida da Herdeira da Lufa-Lufa, tia de Smith, ou de seus antigos amigos.

Um das cenas mais tocantes, embora não tenha realmente ocorrido nos livros, é a passagem onde Mérope Gaunt, mãe de Tom, aparece com o menino no colo e prestes a vender o medalhão da família ao dono da loja. Em “O Enigma do Príncipe”, essa cena não existe, pois Mérope morreu pouco tempo depois de dar à luz, mas é uma bela passagem, evidenciando resquícios da humanidade existente no personagem.

Outro fator que atenta para isso, embora muitos fãs talvez não vão gostar, é a relação de Tom e Grisha; é importante observar que, por mais que o futuro vilão tivesse qualquer vínculo com a moça, o esforço para manter essa ligação sempre viria dela. 

É importante destacar, porém, que uma das cenas mais interessantes vem dessa interação de Tom e Grisha e faz uma analogia entre vida, ambição e objetivos e ao Quadribol.

E os pontos positivos da trama é mostrar um pouco dessa face jovem do temido bruxo, algo que não foi muito explorado em “O Enigma do Príncipe”. O filme, porém, poderia ter abordado mais desse lado, ao invés de insistir em mostrar mais dos demais herdeiros ou recorrer sempre ao interrogatório – o que pode tornar o longa um pouco arrastado até pelo excesso de diálogos explicativos. Se o filme é para os fãs, por que explicar cada detalhe?

Vale a pena sim assistir a “Voldemort: A Origem do Herdeiro” como uma experiência prazerosa para os fãs da saga Harry Potter, um conteúdo a mais disponível para quem gosta da série, mas não como filme definitivo sobre o vilão.


*Texto: jornalista Vanessa Irizaga, formada em Comunicação Social/Jornalismo, atualiza o Portal Contato e é idealizadora do Mistura Alternativa.

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