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Fotos: Tássia Búrigo/arquivo da Pê.
Mascote agita redes sociais e incentiva adoção de animais.

A vida de Pê parece até história de novela, mas a grande aventura pela qual a cachorrinha passou teve um final feliz. Hoje a pet alegra o lar da jornalista e consultora de moda Tássia Búrigo e Silva ao lado dos outros cães também adotados:  Maria Bethânia, Mano Black e Amarula. Além de ganhar uma família, Pê conquistou fãs nas redes sociais com fotos e comentários bem-humorados sobre seu dia a dia.

"A ideia de criar um Instagram e depois uma Fanpage para Pê surgiu assim: Eu sempre postava a Pê nas minhas redes sociais. E aí as pessoas começaram a dizer que eu tinha que criar um Instagram para ela, que eu tinha que criar as mídias dela. Então, em agosto de 2014, eu criei um Instagram para ela. O sucesso foi imediato. Hoje ela está com quase 30 mil seguidores. Eu não tinha pensado nisto, inicialmente, mas, com o sucesso grande, eu aproveito e volta e meia falo sobre as minhas convicções: a adoção, ao invés da compra de cachorro, o combate aos maus tratos e os direitos de cachorro em condomínios (muita gente não sabe, por exemplo, que todo cachorro, independentemente de porte, pode andar no chão, dentro do prédio e que qualquer pessoa pode ter cachorro de qualquer porte ou raça dentro de seu apartamento)", comenta Tássia que relata sobre a interação intensa das pessoas nos posts.

"Todos são extremamente carinhosos e eu sempre leio TODOS, ainda que não responda todos. Eu rio e me emociono com muitos comentários. Artistas como a atriz Giovanna Ewbank (bem engajada com a causa animal) já comentou alguns posts da Pê. Um membro do Porta dos Fundos também já comentou e também outro ator menos famoso. Eu me surpreendo, pois são pessoas conhecidas e famosas, porém, eu me emociono igualmente com todas as participações, sempre cheias de amor para com a Pê. As pessoas pedem para ela criar Snapchat, as pessoas pedem para ela não ser tão 'troladora' com os irmãos, as pessoas realmente entram na brincadeira", revela. 






Tássia diz que já foi abordada na rua, tamanha a popularidade de Pê. Seguidores nas redes sociais, pessoas querendo bater foto ou chamando pela mascote na rua são algumas demonstrações de carinho e atenção com a cachorrinha. 

A dona da estrela canina conta que Pê entrou em sua vida em abril de 2014 e, quando começou a trabalhar de forma autônoma, em casa, decidiu que adotaria um cachorro. Essa paixão, entretanto, pelos amiguinhos de quatro patas sempre existiu. Tássia relata que sempre teve cachorros e que, ao acompanhar o trabalho da ONG SOS Vira-Lata, voltado ao atendimento de cães e gatos em situação de risco, percebeu que os cães com alguma deficiência dificilmente eram adotados.

E um dia a entidade divulgou a imagem da cachorrinha e a jornalista não teve dúvida. "Na hora, vendo aquela foto dela com aquele cano de PVC no pescoço, com um olho furado e totalmente desnutrida, eu pensei: não vou encontrar um cão que precise de mais amor do que ela. Chamei por inbox os membros da ONG, demonstrando o interesse em sua adoção. Aí passei a visitá-la todos os dias na clínica em que ela estava internada, que era pra ela já ir se acostumando comigo. Porém, ela era como um objeto: não demonstrava o menor interesse em nada, era totalmente inanimada, morta. Pensei: preciso saber que vai demorar meses, talvez anos para ela sentir segurança em mim e ser uma cadela feliz. Pensei também que ela pudesse ser muito raivosa no início, antissocial, traiçoeira, enfim, características que pudessem ser consequência da tortura que viveu. Para minha surpresa, ela sempre foi uma cadela doce, educada, calma e feliz, desde o dia em que levei para casa (lembro que a pus em meu colo e seus ossos machucaram minha coxa - ela pulou de sete quilos para 13 em cerca de quatro meses)", conta.

Para a jornalista, a compra de animais incentiva o cruzamento com fins comerciais, despreocupado com o bem-estar das mamães, que muitas vezes são descartadas após a procriação. A consultora diz que a adoção é um ato consciente já que muitos animais vivem desamparados e as entidades precisam se desdobrar para resgatar os cães que vivem nas ruas.

"A adoção faz bem não apenas para o cão adotado ou para o adotante, como para todo uma sociedade. Porque ninguém quer cães de rua por perto. Os pobrezinhos muitas vezes têm sarna, pulgas e outras doenças até transmissíveis ao ser humano. Porém, raros são os que enxergam que qualquer cão, se bem tratado e cuidado, pode ficar saudável e lindo. Não tem sentido eu ter dó de cachorros de rua, ou ter nojo por ter proliferação de cães de rua, se eu compro um cão, ao invés de tirar um das ruas. Temos poucas chances de ter um cão na vida. Geralmente eles vivem 15 anos e não é sempre que se pode ter mais de um em casa ou no apartamento", explica a jovem, ressaltando a importância do ato. 

"Então, por que não fazer o bem e agir conscientemente na hora de optar por ter um cãozinho? Além do mais, a compra incentiva o comércio desumano que existe em torno dos bichinhos de raça que são lindamente mostrados como objeto em vitrines de petshops. Para que comprar um cão? Pelo design dele? TODOS os cachorros são iguais. Aliás, a educação, a limpeza e o cheirinho agradável que meus vira-latas têm não se compara ao comportamento dos poucos cães de raça que tenho na família (de parentes), todos temperamentais e mal educados - não é uma regra, mas eu observo que, por terem sido adotados, os cães vira-latas costumam ser muito mais educados e leais ao dono. Adotar é um ato de amor", salienta.

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*Texto: Vanessa Irizaga.


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