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Depois de um ótimo e denso segundo episódio, a série "O Livro de Boba Fett" retorna com o capítulo mais morno e fraco dos já lançados até aqui. Se o primeiro serviu para apresentar a nova trama e antecipar um pouco o que poderíamos esperar da história, o segundo tratou de aprofundar-se nos traumas e memórias do guerreiro vivido por Temuera Morrison. A terceira parte da produção, porém, parece acrescentar pouco ao que já sabemos e não faz a trama andar muito.


No novo episódio, o Senhor do Crime continua lidando com intrigas e inimigos. O protagonista também descobre como Mos Espa foi organizada após a morte de Jaba, dividida pela influência de três famílias criminosas: os Trandoshan, os Aqualish e os Klatooinians.

Também n
o início do capítulo, o filho de Jango recebe as reclamações de um comerciante de água que está sendo roubado por uma gangue com modificações cibernéticas no corpo. Ao falar com o grupo, acaba propondo trabalho para os jovens, que viram seus aliados. Cumprindo a ameaça que fizeram, os gêmeos Hutt enviam o Wookie Black Krrsantan para matar Fett enquanto ele se recupera no tanque de bacta. 

O caçador de recompensas estava se recordando ainda da época em que conviveu com o bando de Tusken Raiders, que acabou sendo assassinado pelo grupo de desordeiros derrotados por Boba no episódio anterior.

Fett é acordado pelo gladiador, que inicia um combate com ele; pego desprevenido, o protagonista é ajudado pelo grupo de jovens e pelos seus serviçais. Fennec Shand (Ming-Na Wen) consegue aprisionar o mercenário no alçapão. 
Pela manhã, os primos de Jabba procuram Boba para acertarem uma trégua, presenteando-o com um filhote de Rancor, e ainda informando que há um terceiro grupo interessado no trono de Hutt.

Confesso que achei um pouco "forçado" a dupla simplesmente desistir da disputa territorial e ainda pedir desculpas! Das duas uma: ou os bandidos estão blefando ou o roteiro não soube o que fazer com os personagens!

Enfim, Boba acaba libertando o gladiador, e acaba se afeiçoando ao seu novo mascote. Reparou quem é o cuidador da criatura? Sim, Danny Trejo, velho parceiro do diretor Robert Rodriguez, que assinou o primeiro e este episódio. Não sei, mas eu não confiei no personagem dele não, hehe.

Sendo informado que o prefeito Mok Shaiz (Rodriguez) é aliado dos Pyke, que estavam contrabandeando especiarias e confrontavam o Povo da Areia com a desculpa de que pensavam se tratar de saqueadores, Fett vai atrás do gestor da cidade e é despistado pelo mordomo (David Pasquesi), que acaba interceptado pela gangue recém-contratada por Boba.

Um ponto que deveria ser repensado é justamente essa dinâmica que vemos ser novamente replicada: o protagonista é ameaçado ou sabe de alguma situação que deseja mudar; vai atrás do possível envolvido; ouve deste que não é quem ele procura e diz para encontrar a pessoa X, e lá vai Fett de novo!

Quase sempre esse jogo envolve o prefeito e a cantina Mos Eisley, como se esse fosse o único point de toda a Tatooine - e sim, novamente o planeta dos Skywalker! Fica parecendo que é fácil manipular/enrolar Fett!

Outra questão que não dá para ignorar é a diferença da personalidade de Boba de uma série para outra: em "The Mandalorian", o guerreiro era mais contido, arredio e brutal; já na produção que leva seu nome, ele aparece mais aberto ao diálogo, evitando conflitos e perdoando ofensas. 

Obviamente o seriado busca construir uma redenção, mostrando como ele foi mudando, mas vale lembrar que o personagem almeja se consolidar como o grande chefe do crime, logo não há como ele evitar para sempre as ações "questionáveis" que esse tipo de cargo acaba exigindo, enfim. 

A impressão que dá é que o episódio foi mais curto e passou rápido demais do que os anteriores. A série é boa e possui ótimos personagens, mas precisa começar realmente a andar, sem soluções fáceis demais, e a se desvencilhar de lugares-comuns que o público de Star Wars e da série em si já conhece.  

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