Séries

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Imagens: Sony Pictures.


As salas de escape foram uma febre há alguns anos, sendo que aqui no Brasil era possível encontrar esses espaços em cidades como São Paulo e Porto Alegre - alguns deles ainda existem. Nesses locais, o público precisa desvendar enigmas em um tempo X para vencer o jogo.

No caso do filme "Escape Room" (2019), disponível na Netflix e no Amazon Prime - nesse, via aluguel - , a premissa do longa é literal: quem decide jogar só sai depois que vencer o jogo - e pelas regras, só haverá um vitorioso. Na história, seis pessoas recebem um engenhoso convite para participar do desafio, sendo que o ganhador sairá com o prêmio de dez mil dólares no bolso.
Temos uma breve apresentação dos personagens que seguiremos na trama: um empresário arrogante, um caminhoneiro contador de histórias, um funcionário de um estabelecimento dependente de álcool, uma ex-combatente de guerra, um gamer extrovertido e uma inteligente e introspectiva estudante são os jogadores da vez.

As salas são bem pensadas e algumas cenas realmente causam apreensão - o momento em que o lugar em que o grupo está vira do avesso é uma delas - , mas tudo em um nível mais "soft", amenizado. Há situações que até lembram franquias famosas, mas isso fica mais na referência do que no impacto visual. Não há cenas sangrentas ou cabulosas como em um "Jogos Mortais".

Entre os elementos que dão pistas sobre a história está o fato da empresa que organiza a dita sala se chamar "Minos": na mitologia grega, Minos foi o rei de Creta que construiu o Labirinto em que habitava o Minotauro, onde jovens eram sacrificados - Olá, "Jogos Vorazes"! 

Bem, na produção, temos a nossa Katniss: a aluna Zoey (Taylor Russell, a Judy de "Perdidos no Espaço") tem facilidade para desvendar enigmas, mas apesar da sagacidade da jovem, ela colabora com os demais, não agindo só em benefício próprio. Depois dela, os outros dois nomes mais conhecidos do elenco são Deborah Ann Woll (a Karen de "Demolidor"), no papel da militar Amanda, e Nik Dodani (o Zahid de "Atypical"), interpretando Danny, o "especialista" em salas de escape.

Na escape room do longa, não há nenhum monstro, mas sim os desafios propostos e a conduta dos próprios participantes. Vemos que muitos incidentes poderiam ser contornados se não fossem a arrogância, a falta de empatia e a imaturidade dos personagens. 

Só que nesse ponto vamos a outra questão: estariam eles ali por pura coincidência ou foram essas mesmas características, personalidades para serem escolhidos para o tal game? Se você já assistiu a outros vários longas do gênero, já sabe a resposta.

De pontos negativos, destaco a previsibilidade de alguns momentos e a "forçação" de barra para alguns desfechos acontecerem. Há uma morte, inclusive, que poderia ter sido evitada se não fosse a burrice dos jogadores. Ora, temos, pelo menos, três pessoas bem inteligentes em cena - jura que não daria para salvar o coleguinha?

O outro aspecto desnecessário é o exagero em algumas interpretações. Sabemos que tem todo um contexto que envolve o drama das vidas dos jogadores, mas alguns atores carregam muito em algumas cenas. A mesma descrença surge quando pensamos que uma pessoa que está participando de um jogo como esse não vai estar tagarelando passo a passo do enigma frente ao risco de morrer - tal passagem só serve para explicar, para nós, as descobertas do personagem.

Se sobram explicações em certas horas, faltam em outras. Não temos muitas respostas sobre a natureza do game, e o final do longa é aberto pois há continuação, o filme "Escape Room 2: Tensão Máxima". Então chegamos à pergunta: vale assistir? Sim, mas não vá com expectativa - é um filme com uma certa dose de entretenimento, diverte, mas não é memorável.  

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