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Imagens: Netflix.
A mente é um dos lugares mais complexos já explorados. Mesmo o homem já tendo evoluído ao longo dos séculos em diversas áreas do conhecimento e sendo responsável por descobertas espetaculares, ainda é desafiador explicar suas ações - e reações - em casos extremos, quando envolvem a vida e a morte.

Abusos, violência e descaso. A primeira temporada da série "O Alienista", transmitida originalmente pelo canal TNT nos EUA e disponível por aqui por meio da Netflix, trata destas e outras questões ao desenrolar de seus dez episódios. A série é baseada no livro de Caleb Carr de mesmo nome.

Na trama, que se passa em Nova York, o psiquiatra Laszlo Kreizler (Daniel Brühl, de "Capitão América: Guerra Civil") e o ilustrador John Moore (Luke Evans, de "A Bela e a Fera") investigam uma série de assassinatos cujas vítimas são meninos prostituídos e em situação de vulnerabilidade social. A dupla conta com a ajuda da secretária de polícia Sarah Howard (Dakota Fanning, de "The Runaways: Garotas do Rock"). Apesar de trabalharem em conjunto, todos eles possuem traumas não superados que colocam a perder, em muitos momentos, a investigação.
John sofreu a rejeição da mulher que amava e, frequentemente, duvida de si mesmo; Laszlo tem problemas em aceitar o próprio corpo e tenta afastar as pessoas ao seu redor e, por fim, Sarah carrega uma culpa em seu passado que a arrasta para uma tristeza profunda. Todos esses aspectos ajudam também a explicar o porquê dos personagens terem dificuldade em trabalhar em equipe e, num determinado ponto, serem invasivos, agressivos e até desconfiarem uns dos outros.

Questões como a corrupção na polícia, que tenta interferir a todo o momento no trabalho dos protagonistas, para que estes não atinjam os poderosos da cidade, e até o assédio e machismo que a personagem de Dakota sofre, em seu trabalho, são destacadas - não tão desenvolvidas, porém, como deveriam. 

A tensão na história vai aumentando no decorrer da série e sempre desconfiamos de um ou outro personagem. Apesar do final da temporada ter esse ritmo acelerado, a resolução do mistério e a identidade do assassino deixaram a desejar. Teria sido mais impactante se ele estivesse mais presente e fizesse jus à sua construção como grande ameaça. A sensação que isso traz é que foi decidido a pouco tempo do término da produção quem seria o dito cujo. 

O saldo, no entanto, é positivo e o seriado vale sim ser visto; sua conclusão fecha, em parte, a história e deixa ganchos para a próxima temporada. A segunda se chama "The Alienist:  The Angel of Darkness" e foi exibida na tv americana. No Brasil, as duas temporadas da produção já estão disponíveis na Netflix.  

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