Na trama, o aventureiro caçador de peles Hugh Glass (Leonardo DiCaprio, premiado com o Oscar de Melhor Ator por esse filme) parte com um grupo em uma missão, acompanhado do filho. Só que, na viagem, os homens são confrontados por nativos.
A situação se complica quando Glass acaba ferido por uma ursa e dois caçadores ficam encarregados de cuidar dele para que os demais possam partir. Um deles, John Fitzgerald (Tom Hardy), aceita de má vontade a tarefa.
Só que a tensão entre eles aumenta, culminando num terrível desfecho. Resta a Glass, superar a si próprio e trilhar o caminho da vingança. E essa jornada é cheia de percalços - o frio, a fome, a violência...tudo isso, porém, não tira o foco do caçador em manter-se vivo para cumprir seu objetivo final, conservando o mínimo de sanidade que lhe resta.
Mais do que as situações difíceis enfrentadas pelo personagem, o que há de mais desconcertante na história é a brutalidade e a frieza humana justificadas (?) pelo instinto de sobrevivência. Quando o responsável pela missão pergunta a Glass se ele tinha matado um oficial, o personagem responde: "Eu matei um homem que queria matar meu filho".
Ou seja, não importava quem era o sujeito, sua identidade ou importância social...no vislumbre da morte do menino, Glass era movido por suas emoções. Ele compartilhava, naquele momento, da mesma irracionalidade e instinto os quais moveram a ursa que o atacou para salvar os filhotes no começo do filme.
Questões como legado familiar, preconceito e culpa são abordadas por meio das ações dos personagens, que agem no limite. Entre tantas atuações primorosas, destaco o trabalho de DiCaprio e de Hardy, intensos em cena. Fica a dica de filme para você assistir, e se você já viu, conte para gente o que achou.
*Imagens: 20th Century Studios.
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