A
prática do cosplay permite algo incrível: ver no mundo real personagens do
cinema, de animes, quadrinhos, séries e outras produções da Cultura Pop. Quem
compartilha desse costume de se vestir como um personagem e representá-lo é a
auxiliar financeira Renata Bez Birolo Lopes, de 31 anos, de Criciúma, cidade na
região sul de Santa Catarina.
A
catarinense também organiza o Tanuki World Fest, evento do Estúdio Tanuki, que
reúne atrações como concursos de cosplayer, exposições temáticas e
apresentações. E no evento, Renata fez cosplay da heroína Babydool do filme
“Sucker Punch”, personagem com quem ela se identifica pela personalidade e
características físicas e que já representou em outras oportunidades.
Além
dessa, a cosplayer já fez a Android 18, do anime “Dragon Ball”, e Mizukage, de
“Naruto Shippuden”. O próximo cosplay que ela deseja fazer é a guerreira She-Ra,
a primeira heroína com a qual Renata se identificou.
Ela começou a ter esse hobby quando participou de um evento temático em 2012. “Iniciei a fazer cosplay após ir a um evento do Rio Grande do Sul, o Animextreme. Sempre gostei de personagens de
Comics e Animes e decidi dar vida a eles. O que mais atrai é a possibilidade de
conhecer muitas pessoas e novos personagens”, conta. E um dos próximos eventos que ela deve participar é o AnimeBuzz, também
no RS, que ocorre nos dias 19 e 20 de agosto, em Porto Alegre.
Nesses encontros, o visual é um aspecto muito importante do cosplay. “Já tive uma costureira nos
primeiros, porém atualmente quem confecciona minhas peças é o Tanuki Blacksmith,
um segmento dentro do Estúdio Tanuki, com cosmakers”, conta.
Um dos
desafios para as mulheres que curtem esse universo é o bullying cometido contra
gamers e atitude invasiva com cosplayers. Renata acredita que houve progresso com
relação ao preconceito contra o público feminino, mas ainda há muito o que
melhorar.
Sobre a
representação atual das mulheres na Cultura Pop, a cosplayer considera positivo
o lançamento de seriados, filmes e outras produções, mas esse processo ainda é
longo.
“Finalmente
foi dada a devida atenção a elas, mas ainda estão pecando na valorização das
atrizes. Recentemente saíram na imprensa dados do cachê da Gal Gadot (atriz), como Mulher-Maravilha,
que ganhou muito menos do que o Henry Cavill (ator), com seu Superman. Além
disso, tem personagens fantásticas, como a Feiticeira Escarlate, que é uma das mais fortes e está bem ‘apagadinha’ ainda nos filmes. Porém, claro,
estão começando a dar a devida atenção a heroínas! Estou torcendo por um filme
solo da Viúva Negra... e queria algo bacana da Tempestade também, já que o
Pantera Negra, tá aí, nê?”, ressalta.
*Texto:
Vanessa Irizaga, jornalista formada em Comunicação Social/Jornalismo, estudante
de Pedagogia e idealizadora do Mistura Alternativa.
*Fotos:
Thiago Abreu/Photo Style e Cosplay Brasil.
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